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Tuesday, January 24, 2012

Reusing Suitcases

O primeiro blog que fiz e levei a “sério” intitulei de “Mens Vita“. Mens vita é uma mistura de dois nomes em latim, que querem dizer algo como “espírito da vida”. Esse blog teve mais de 100.000 acessos, o que para mim é extremamente surpreendente! =D

O que fez ele ter tantos acessos foi a linkagem que fiz com o “Pinterest“, ainda que desprovida de qualquer informação sobre marketing de redes sociais, o resultado, como disse, foi surpreendente. Na verdade eu só tinha a intenção de guardar duplamente ou triplamente (arquivo pessoal, blog e pinterest) as fotos que mais gosto.

Uma vez que resolvi dar continuidade ao mens vita através do Linho e Limão, sinto-me na obrigação de publicar aqui também essas fotos que fizeram tanto sucesso e inspiraram tantas pessoas.

A primeira parte é sobre a reutilização de malas antigas. A seguir, as minhas preferidas:





Essas últimas, branquinhas, serviram de inspiração para a restauração da maleta que era do meu bizavô:


Ficou muito fofa! *-*

Antes ela era verde musgo por fora, e por dento era encapada com um papel estilo scrap book, com tema de maquiagens (ou de viagens, não me lembro, ou já teve os dois =P), muito bonita (bom gosto da minha mãe que já tinha restaurado ela antes, talvez mais de uma vez), mas bem antigo, e já desgastado. No meio do caminho eu tentei pintar com uma tinta óleo vermelha que tinha aqui em casa e ficou horrível…enfim, era bem velha, já tinha passado por várias mãos e já tinha sido restaurada.

E como eu fiz? Tirei o que consegui das tintas anteriores com álcool, thinner e lixa. Lixei as ferragens que tinham a tinta verde bem impregnada (usei uma faquinha para ajudar). Dei várias demãos de tinta PVA branca, fosca (antes, nas ferragens, passei primer para metais, na cor branca). Por dentro, tirei todos os papeis anteriores (que minha mãe colou e o original), até chegar no papelão que fazia a base originalmente (não consegui tirar todo o papel inicial que o encapava… e sim, ela foi feita praticamente inteira de papelão), lixei um pouco e tirei bastante o pó. Depois colei o tecido com bastante cola branca (diluí um pouco). E voilá!

Olha onde ela está hoje:


Espero que tenham se inspirado! Curtam, compartilhem, comentem e ficarei muito feliz com o seu feedback! Até mais! 

*Fotos sem copyright foram baixadas do Google, por favor, me avise se for sua!

Abajoures



















Google's and potterybarn.com search

Sunday, October 9, 2011

Bem-estar e plenitude




Um tecido alaranjado com xadrez médio acinzentado revela pétalas de flores delicadamente costuradas. O padrão se repete nas laterais (ao lado direito e esquerdo) fazendo futuro e passado unidos por um presente de bem estar.

Ao meio a plenitude. Uma tarde de chá. A leveza das gotículas de água agitadas dançando no ar desacelera a mente entorpecida. O aroma faz os olhos enternecidamente se cerrarem e o corpo se solta, como se dançasse com os caracóis guiados em forma de fumaça.

Uma colher também alaranjada delicadamente encostada na caneca quase verde é convidativa. Mas o botão cor salmão, pregado com linha em cruz, faz uma íntima delicadeza recostar os desejos, em pausa.

Ah, o saquinho de chá. Alegria instantânea. A xícara em tecido floral lembra a romântica estampa francesa, minimalista e comovente. Um cordão suspende a etiqueta “tea” enquanto as ervas aromáticas doam vida numa infusão de sabor.

O terceiro elemento completa o cenário perfeito. Um pequeno bule com leite, em estampa de flores maiores e fundo esverdeado, lembrando a xícara e a caneca. Futuro em movimento e passado latente, à espera da nostalgia.

O ar é marrom e a terra é clara. Os contrastes da vida e os retalhos, recortados e costurados, se unem quando se sente a harmonia. A plenitude de uma tarde de chá revela a vida; o bem estar, a completa na medida.

Thursday, March 10, 2011

"Unconditionally Beautiful" - Yann Tiersen


Yann Tiersen emocionou quem assistiu ao filme "Le Fabuleux Destin d' Amélie Poulain" com músicas acolhedoras e iluminadas, e eu sou uma delas, que marejo os olhos só de ouvir os primeiros refrões. Por isso hoje dedico um post exclusivamente a ele.

Seu site oficial é: http://www.yanntiersen.com/

Nesse site ele diz: "Let's live in an enormous world of sound we can use randomly, with no rules at all. Let's play with sound, forget all knowledge and instrumental skills, and just use instinct – the same way punk did." Yann Tiersen

Traduzindo, precariamente: Vamos viver em um mundo enorme de sons que podemos usar randomicamente, com absolutamente nenhuma regra. Vamos tocar/brincar/jogar com os sons, esquecer todos os conhecimentos e habilidades em instrumentos, e apenas usar o instinto - a mesma maneira que os punks fizeram.

Além disso gostaria que pudessem ver um vídeo com sua música, que está no link: http://vimeo.com/19178600 e abaixo. (adiantando, a Helene Dujardin receberá um post só pra ela)



Joy!

Saturday, April 3, 2010

Ensaio sobre a Preguiça

Todos dormem. Chove. É manhã. Amanhã será páscoa, mas onde está o coelhinho? Não o vejo, só vejo a preguiça.


“Seu nome advém do metabolismo muito lento do seu organismo, responsável pelos seus movimentos extremamente lentos. [...] De hábitos solitátios, a preguiça tem como defesa sua camuflagem e suas garras. [...] Dorme cerca de 14 horas por dia, também pendurada nas árvores. [...]Raramente desce ao chão, apenas aproximadamente a cada sete dias para fazer as suas necessidades fisiológicas.” (WIKIPEDIA, Bicho-preguiça: 2010).
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A preguiça de longe parece bonita. De perto, porém, é suja. De longe é acolhedora, mas de perto é repulsiva. Como se sentir bem ao lado do ócio? A própria preguiça não simboliza a páscoa, ela não bota ovos de chocolate. Ela não tem criatividade, inspiração, atividade.

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"A "preguiça" não é uma característica estritamente humana, na natureza muitas vezes é uma forma de preservar energia por longos períodos.” (WIKIPEDIA, Preguiça: 2010).
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Então vamos preservar a energia por longos períodos, para nos deleitarmos dela algum dia? Isso não parece plausível. Não para o homem. Como acumular a energia que não se produz? O ócio não produz energia. [Deve produzir a antimatéria, anulando as últimas fagulhas de matéria.]
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“Na Páscoa, é comum a prática de pintar-se ovos cozidos, decorando-os com desenhos e formas abstratas. Em grande parte dos países ainda é um costume comum, embora que em outros, os ovos tenham sido substítuidos por ovos de chocolate. No entanto, o costume não é citado na Bíblia. Portanto, este costume é uma alusão a antigos rituais pagãos.” (WIKIPEDIA, Páscoa: 2010).
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Até o coelho que não tem relação alguma com o cristianismo veio tentar ressuscitar a criatividade, a inspiração, a atividade humana.

Não bastando um exemplo de vigor físico, trouxeram o chocolate. Seria divertido fazer os ovos, com pinceladas de chocolate, com carinho para presentear, com a confraternização na cozinha.

Mas ninguém tem tempo! O tempo urge! O tempo urra! O tempo voa! O tempo não existe. É uma invenção do homem para ajudá-lo a se organizar.
O sistema econômico aproveitou-se de um nicho de fé. Não na fé da ressurreição de cristo ou do cristianismo. Mas no nicho dos “sem tempo”. Daqueles que pensam estar economizando tempo imprimindo em vez de escrevendo, mas que não usam o tempo "economizado" pra absolutamente nenhuma outra coisa. Aqueles que tem fé de que um dia tudo será perfeito. Sozinho, a partir da autocriação.
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Oras, ainda assim as pessoas sairiam de casa para fazer algo útil, divertido: comprar chocolate. Presentear com chocolate e ver o outro feliz. Mas o dinheiro é curto, não dá pra presentear todo mundo, não dá tempo de ir visitar todo mundo.
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Simplesmente não dá. Nunca dá.
Ah, mas existe o Orkut! Então podemos enviar cartões postais virtuais de páscoa, com coelhos e ovos, cheios de glitter para os nossos queridos!

???
Como assim? Como é que é? Fomos reduzidos a que? Preguiças virtuais?
[Sem energia acumulada porque o ócio não gera energia. Gera barriga. E barriga não gera energia.]
Cartões virtuais? E o tempo que tá curto? Não se tem tempo pra visitar, mas para enquadradar o bumbum na cadeira aí sim?
Vamos enquadradar então. [Ou seria "enquadrar", mesmo?!] Tudo vira quadrado, cheio de ângulos iguais ainda por cima, porque falta até a criatividade para mudar os padrões negativos mentais de resposta.

Quadrados e pessimistas. Isso é mais do que preguiça. Isso é desleixo, falta de respeito. Falta de educação. [Não é educado passear de transporte coletivo com o cabelo fedido!].
Não se tem tempo nem para o asseamento pessoal mais? Você acorda, e quando dá “bom dia” ainda dá com a boca fedida? E mais, não se responde a um “bom dia”, com um “o que tem de bom nele?”. O gesto não significa uma interrogação do tipo “está sendo um bom dia para você?”.
O “bom dia” deve ser uma oferenda, um voto carinhoso ao outro. Isso deveria soar como um gesto amigo e fraternal, digno de agradecimento.
A reverência ainda existe. A polidez é uma vitória cotidiana. Os bons modos são acolhedores. A paciência é virtude dos sábios. A sapiência se adquire com boa vontade, inspiração, atividade. A criatividade deve ser contemplada e exercida a todo momento.

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“Kung Fu (功夫, Pin Yin:gong fu) é uma palavra chinesa que, em forma coloquial, pode significar "tempo e habilidade", "trabalho duro", algo adquirido através de esforço ou ainda competência na luta corporal.” (WIKIPEDIA, Whushu, 2010).
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Em um livro, provavelmente na versão brasileira do "A arte da guerra", que constava um pouco sobre a vida de Sun-Tzu, li algo do tipo:
Sempre ao acordar, cuido de limpar minha face e arrumar meus cabelos. Arrumo minha cama. Tomo chá e cumprimento meus familiares com reverência. Deve-se sempre tratar os próximos com tanto asseamento quanto se trata as visitas, pois eles lhe são mais importantes.

Conta-se que outro sábio tratava suas roupas com reverência. Dobrava as roupas sujas como se estivessem limpas, lavava-as e as agradecia por vestir-lhes o corpo.
O eu-verdadeiro convive com o eu-falso. O eu-falso morre. O eu-falso perece. Não deixe o morto enterrar o vivo.

[Alguns acordaram, e não fizeram nada, outros continuam dormindo. Mas alguns acordaram.]
*fotos: Google search

Monday, March 29, 2010

Reusing Boxes































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